sexta-feira, novembro 30, 2007

Vem ai a oferta pública de ações do Banco do Brasil

Os investidores que desejam participar da nova oferta de ações ordinárias do Banco do Brasil podem realizar seus pedidos de reserva a partir desta sexta-feira, 30 de novembro. Os papéis objeto da oferta, que serão listados sob o código BBAS3, estréiam no novo novo mercado da Bovespa no pregão do dia 17 de dezembro.

A fixação do preço será feita após a efetivação dos pedidos de reservas e a conclusão do procedimento de bookbuilding, e levará em conta a cotação das ações já listadas na Bolsa e as indicações de interesse dos investidores.

Tomando por base a cotação de encerramento dos papéis listados na Bovespa em 29 de novembro (R$ 28,80), a operação deve movimentar, no mínimo, R$ 2,51 bilhões. Contudo, caso as opções de lote suplementar e adicional sejam integralmente exercidas, a captação poderá atingir R$ 3,39 bilhões.

Operação da Oferta Quantidade de papéis
Distribuição Pública Secundária * 87.217.391 ações ordinárias
Opção de Lote Suplementar ** Até 13.082.608 ações ordinárias
Opção de Lote Adicional *** Até 17.443.478 ações ordinárias
Intervalo de Investimentos aceitos na Oferta de Varejo R$ 1.000,00 -
R$ 300.000,00
Investimentos aceitos na Oferta Institucional Não há intervalo mínimo ou máximo nos Pedidos de
Reserva de Investidores Institucionais****

*
Sendo 72.173.913 ações de titularidade do BNDESPar e 15.043.478 ações de titularidade da Previ
**Até 15% da quantidade de ações inicialmente ofertada, sendo até 10.826.086 papéis de titularidade do BNDESPar e até 2.256.522 papéis de titularidade da Previ
*** Até 20% da quantidade de ações inicialmente ofertada, de titularidade do BNDESPar
****Exceto para pessoas físicas e determinadas pessoas jurídicas, além de clubes de investimentos, cujos investimentos devem exceder o montante de R$ 300 mil

A oferta é destinada a investidores pessoa física e jurídica e clubes de investimentos, sendo que também serão realizados esforços de venda das ações no exterior.

O coordenador líder da oferta é o BB Investimentos, sendo que os bancos de investimentos UBS Pactual e Deutsche Bank atuam como coordenadores. Banif, Espírito Santo Investment, Banco do Nordeste e Banco Safra também participam da oferta, como coordenadores contratados.

Critérios de rateio
Os empregados e clientes do banco que optarem pela participação direta na oferta terão seus pedidos de reserva integralmente atendidos, sem rateio, desde que sua reserva seja igual ou inferior a 10% do montante de papéis inicialmente destinados aos investidores de varejo e que, caso tenham condicionado um preço máximo por ação, este seja igual ou superior ao valor estabelecido no procedimento de bookbuilding.

Contudo, caso a totalidade de pedidos de reserva de ações realizados por este grupo de investidores de varejo ultrapasse os 10% dos papéis inicialmente alocados entre os investidores de varejo, o critério de rateio que será utilizado será a divisão igualitária sucessiva deste montante de ações, até o limite de R$ 6 mil.

Após o atendimento deste critério, os papéis remanescentes serão rateados proporcionalmente aos valores de pedidos de reservas entre todos os empregados e funcionários do BB. Entre os demais investidores de varejo, os critério de rateio serão os mesmos.

Já entre os investidores institucionais, a particularidade fica com as "Pessoas Vinculadas", que poderão participar da oferta caso não seja verificado um excesso de demanda superior a um terço da quantidade de papéis inicialmente ofertados, observando o limite máximo de 10% das ações objeto da oferta.

Confira a agenda da oferta:

Eventos da Oferta Data
Publicação de Aviso ao Mercado e Início do Procedimento de Bookbuilding 21 de novembro
Início do Período de Reservas 28 de novembro
Encerramento do Período de Reservas 11 de dezembro
Fixação do Preço por Ação (encerramento do Procedimento de Bookbuilding) 13 de dezembro
Início do Prazo para Exercício da Opção de Lote Suplementar 14 de dezembro
Início das negociações das novas ações na Bovespa 17 de dezembro
Liquidação Financeira da Operação 19 de dezembro
Encerramento do Prazo para Exercício da Opção de Lote Suplementar 11 de janeiro
Data limite para a publicação do anúncio de encerramento da oferta 22 de janeiro
Dividendos BM&F (Parte 2)

Tenho dito há algum tempo que o mercado de ações contínua crescendo no Brasil com muita força. Antes da oferta pública de ações (OPA) da Bovespa Holding, a venda de papéis em seu pregão de estréia parecia depender - ao menos para quem não tinha horizonte de investimento de longo prazo - majoritariamente da variação no preço dos papéis na ocasião da estréia.

Na última quinta-feira, investidores de varejo com prioridade tomaram conhecimento do montante de ações que levariam na oferta publica Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), apenas R$ 1.820,00 ou 91 ações ordinárias da empresa.

O montante causou decepção entre muitos que esperavam obter ganhos absolutos similares àqueles registrados na oferta da Bovespa, que trouxe lucros de cerca de R$ 6.000,00 apenas no pregão de estréia para quem recebeu o limite máximo no varejo e vendeu no pico da valorização do dia da estréia.

A notícia do rateio bastante limitado levou muitos investidores a se questionarem se seria melhor não vender as ações na estréia e esperar por preços ainda melhores. Para obter os R$ 6.000,00 que a oferta da Bovespa retornou a quem levou os R$ 12.000,00 do rateio, as ações da BM&F teriam que avançar 330%, ou mais do que quadruplicar seu valor, já que cada papel teria que atingir R$ 86,00. Este não é um movimento comum no curto prazo e menos ainda no intraday.

Segurar ou vender?

Uma ponderação ex-post da oferta da Bovespa, por exemplo, sugere que quem resistiu à valorização de 52,13% que os papéis registraram em seu pregão de estréia e não os vendeu até o dia 31 de outubro, um dia após a data de liquidação, acumulou, até então, ganhos de 41,30%. Os papéis voltaram a subir depois disso.

Em todo caso, a tendência que as ações apresentarão após suas estréia não depende de um fator único, mas estará sujeita, sobretudo, às condições do mercado e do perfil da empresa, seu desempenho operacional e financeiro e as perspectivas para seus negócios.

Portanto, avaliar se vale ou não a pena vender os papéis da BM&F em seu pregão de estréia, ou se estes apresentam boas perspectivas de longo prazo, está longe de se limitar a avaliar o desempenho passado de ofertas públicas de ações anteriores.

Afora o próprio perfil do investidor, o custo de oportunidade e as perspectivas para o cenário macroeconômico, que se configura como um risco ao mercado acionário em geral, não se limitando, portanto, apenas a esta ou aquela empresa, é preciso olhar com algum cuidado para a empresa, seus negócios e resultados, e com a BM&F não é diferente.

Atenção ao que é fato

(em R$ milhões) 9T06 9T07 %
Receita Líquida 219,6 292,6 +33,24%
Ebitda* 64,9 136,5 110,32%
Lucro Líquido 143,1 222 55%
* Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização

De acordo com a empresa, sua principal fonte de receitas são os emolumentos, isto é, a cobrança de taxas pela utilização de seus sistemas de negociação e pelos serviços prestados por suas Clearings, que atuam como contraparte central garantidoras das operações registradas, as quais decorrem taxas que representam os custos operacionais de seus clientes, como taxa de registro, taxa de permanência e taxa de liquidação.

Estratégias de negócios
Em relação à sua estratégia, a BM&F esclarece em prospecto que os pontos-chave desta são a ampliação do volume negociado por clientes estrangeiros, através do desenvolvimento - já em andamento - de mecanismos que diminuirão seus custos que facilitarão sua participação nos mercados da BM&F e o desenvolvimento de nova plataforma eletrônica de negociação, com início de funcionamento previsto para 2008.

Está previsto também o desenvolvimento de nova plataforma de registro de operações de derivativos de balcão, o lançamento de novos produtos, como o contrato futuro de credit default swap (CDS) da dívida externa brasileira, expansão das atividades de Clearing de Ativos, expansão da atuação do Banco BM&F e busca de novas alianças e parcerias.

Não se pode perder de vista, porém, que tão importante quanto avaliar as qualidades e características da empresa, é a avaliação dos riscos inerentes aos negócios da empresa. Conhecer a empresa, seu mercado de atuação, seus riscos e os cenários aos quais esta pode estar exposta é essencial para quem planeja ter em sua carteira ativos cujo horizonte de retorno é de longo prazo.
Ações da BM&F com sinais de forte valorização

Os compradores de papéis da Bolsa Mercantil e Futuros (BM&F) não podem estar mais contentes. Os papéis da bolsa estréiam na Bovespa e a expectativa de valorização é uma das maiores possíveis.

As ações da holding costumam responder com expressiva valorização. Com base no fato de que o início da negociação envolvendo os ativos da BM&F promete agitar os negócios no mercado acionário, muitos investidores buscaram comprar os papéis da Bovespa.

Vale lembrar que, na data da IPO da Bovespa, o volume financeiro da bolsa encerrou superior a R$ 10 bilhões. O pregão da sexta-feira promete movimento próximo, tendo em vista que a oferta pública da BM&F, com R$ 5,98 bilhões captados, representa a segunda maior estréia no quesito da bolsa, atrás somente da própria Bovespa Holding, que captou R$ 6,62 bilhões.

Os rumores de que uma fusão entre a Bovespa e a BM&F pode estar próxima vieram após o jornal Wall Street Journal publicar matéria considerando a possibilidade.

De acordo com o jornal, depois da abertura de capital, a BM&F e a Bovespa devem se unir. Para Rodrigo Pasin, sócio da Value Consultoria, a possibilidade da união é muito grande. Pasin afirma, inclusive, que foi estudada a possibilidade de uma abertura de capital em conjunto.

Atualmente, a maior bolsa do mundo é o grupo Nyse Euronext, resultado de uma fusão entre a Nyse Group e a européia Euronext. O cenário de consolidação das bolsas em âmbito global também favorece os rumores de que a união das bolsas brasileiras pode ser anunciada em breve.


Parabéns a todos pela boa escolha e pelos futuros dividendos
Último dia de uma semana de grandes volatilidade

Na manhã desta sexta-feira (30), os contratos futuros dos principais índices de ações norte-americanos negociados na Chicago Mercantile Exchange (CME), como o S&P 500 e o Nasdaq 100, indicam uma abertura em alta das bolsas dos EUA.

O otimismo dos investidores nesta sessão provém das declarações do presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA) , Ben Bernanke, na última quinta-feira (29) que reforçaram as expectativas de um novo corte na taxa básica de juros norte-americana na próxima reunião do colegiado.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Quarta-feira de incertezas nos mercados de capitais

Para quem pensa que dia de fortes emoções na Bolsa acabaram por conta da proximidade do final do ano está redondamente enganado. Creio que seja agora o momento em que todos devem ficar atentos aos movimentos especulativos dos grandes investidores.

Ontem, terça-feira, tivemos momentos de sobe e desce do principal indicador da Bolsa paulista e esta quarta-feira não será diferente ao que parece. A agenda econômica desta quarta-feira traz importantes divulgações de indicadores e o grande destaque fica com os dados do mercado imobiliário norte-americano, com as vendas de casas existentes em outubro, às 13h00.

A outra divulgação que promete mexer com os ânimos dos mercados globais é o Livro Bege do Fed, relatório que fala da atualidade econômica norte-americana, programado para as 17h00.

Outros indicadores daquele país aguardados são os semanais estoques de petróleo, para as 13h30, e empréstimos para financiamento imobiliário, às 11h00. Os dados referentes aos Pedidos e Entregas de Bens Duráveis também são aguardados, para as 11h30.

No Brasil, na ausência de um movimento mais expressivo de indicadores econômicos, o destaque fica com as ocorrências em ofertas públicas de ações, com foco na precificação dos papéis para a oferta pública da BM&F.
Semana continua de emoções fortes na Bolsa

A exemplo da segunda-feira, ontem foi mais um dia de elevada volatilidade nos mercados brasileiros. O período na manhã foi o mais crítico, com o dólar subindo mais de 2%, Bovespa caindo 1,6% e juros futuros apontando para cima.

Os ânimos se acalmaram depois que os índices em Nova York, como tenho dito há algum tempo da influência, firmaram posição em território positivo (operando em alta sempre), com o ânimo vindo do setor financeiro, fonte de grande parte da incerteza, devido às perdas dos bancos com o crédito hipotecário de alto risco.

A notícia ecoou no setor financeiro brasileiro, onde as ações dos principais bancos contribuíram para a valorização de 0,61% registrada pelo Ibovespa, que encerrou aos 59.431 pontos. O giro financeiro somou R$ 5,37 bilhões.

A valorização do Ibovespa não foi melhor em função do fraco desempenho para as ações da Petrobras e Vale do Rio Doce, que respondem por cerca de 25% do índice. A ação PN da estatal caiu 1,17%, para R$ 74,00, e a PNA da mineradora recuou 0,20%, para R$ 47,90.

O dólar continua assustando os investidores ao registrar o quinto pregão consecutivo de apreciação. Nesses cinco dias, a moeda já subiu mais de 4,3%. Segundo os agentes, tem muita especulação, com agentes puxando o preço da divisa depois que o governo sinalizou que vai comprar US$ 10 bilhões para a formação de um fundo de renda soberana, que aplicará em títulos no exterior.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Bovespa abre a semana em queda

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte queda nesta segunda-feira e perdeu o patamar dos 60 mil pontos, acompanhando de perto o fraco desempenho do mercado acionário dos Estados Unidos. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, terminou a sessão encostado na mínima do dia, com baixa de 3,12%, aos 59.069 pontos, patamar mais baixo desde 25 de setembro.
O volume financeiro na Bovespa foi de R$ 5,1 bilhões.

Hoje as variações das blue chips (ações de primeira linha) brasileiras não são determinantes para o comportamento do índice. Os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras cediam 0,30%, embora o petróleo avançasse 0,02% em Nova York. Já as ações ordinárias (ON, com direito a voto) subiam 0,56%. As ações da Vale do Rio Doce figuravam entre as maiores valorizações do dia. Vale ON avançava 3,28% e Vale PNA ganhava 2,23%. O presidente da Vale, Roger Agnelli, traçou hoje um cenário de forte aumento da demanda por minério de ferro para os próximos anos.

O ranking de maiores desvalorizações do Ibovespa, carteira teórica composta por 63 ações, era liderado por Perdigão, em baixa de 5,63%. A estréia da Bertin no segmento de lácteos, anunciada hoje por meio da compra do controle da Vigor, deixará o mercado mais competitivo justamente após uma investida da Perdigão nesta área, que se deu por meio da compra da Eleva, anunciada em outubro.

O ranking de maiores desvalorizações do Ibovespa, carteira teórica composta por 63 ações, era liderado por Perdigão, em baixa de 5,63%. A estréia da Bertin no segmento de lácteos, anunciada hoje por meio da compra do controle da Vigor, deixará o mercado mais competitivo justamente após uma investida da Perdigão nesta área, que se deu por meio da compra da Eleva, anunciada em outubro.

Ações de bancos em alta

Não é surpresa para mim olhar e ler notícias sobre crescimento dos bancos brasileiros.
Num claro momento em que a economia tupiniquim vai bem os bancos são as instituições que mais ganham grana. E ganham muito, podem perceber.

http://www.estadao.com.br/economia/not_eco85988,0.htm

Me perguntam se recomendo a compra de ações de bancos brasileiros. Respondo de forma enfática e irônica com outra pergunta; Porque bancos europeus e americanos querem fazer parte do sistema financeiro brasileiro.
O legado Eric Hobsbawn (parte 1)

Estou lendo novamente "A Era dos Extremos" de Eric Hobsbawn. Ainda na metade do livro, posso perceber e concluir, embora ainda não tenha chegado ao seu final, que o mundo dá muitas voltas mas, de certa maneira, vivencia-se basicamente as mesmas coisas.

O século XX, rico em fatos idiotas, me mostra que o dinheiro é, de fato, o motor do mundo em todos os aspectos e alguns ainda acham que fatos políticos são o alicerce do mundo. Vinte anos atrás, o Império do Mal (adivinhem quem é?) Já causava preocupação aos polícias do mundo... O senhor das armas era o ator Ronald Reagan seguido pela sua fiel escudeira Maggie Thatcher.

Enquanto isso, o mundo ainda persoadia na mediocridade..... A julgar pelos fatos, a mediocridade deverá continuar
Mas vamos ao que interessa... Finanças na próxima postagem....

Analistas recomendam ações do Banco do Brasil


Quem comprou as ações do Banco do Brasil em junho do ano passado está hoje com o sorriso de orelha a orelha. Em menos de um ano e meio, os papéis subiram 79%, oferecendo aos investidores ganhos acima dos registrados pelo Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa). Tal desempenho atiçou a cobiça em muitos investidores, mas fez surgir também a dúvida: ainda há espaço para mais valorização?

A resposta, segundo os especialistas, é sim. "As ações devem figurar entre as maiores da Bovespa, ao lado de Vale do Rio Doce e Petrobras. A instituição deve continuar crescendo e isso vai gerar lucros para os acionistas", diz Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anafe).

No último trimestre, o Banco do Brasil contabilizou lucro líquido de 1,4 bilhão de reais, valor 50% acima do verificado no mesmo período do ano passado. Segundo Oliveira, a busca por novos negócios - principalmente ligados a crédito consignado, que apresentam menor risco – está ampliando a competitividade do banco, que cresce também à medida em que melhora a percepção de eficiência da empresa. "Hoje o BB não é mais administrado de forma política como antigamente", diz o vice-presidente da Anefac.

Na comparação com bancos privados, entretanto, o Banco do Brasil ainda apresenta desvantagens. Sua margem bruta de lucro, por exemplo, é de 36%, ante 43,5% do Bradesco. "O desempenho do BB tende a ser inferior ao dos bancos privados porque, como empresa pública, ele tem um cunho social. Já os bancos privados operam sempre com o objetivo de maximizar seu lucro ao máximo", diz Fausto Gouveia, analista da corretora Alpes.

O que torna a oferta pública do BB interessante, segundo Gouveia, é o desconto que os investidores poderão obter nas ações. Na oferta realizada no ano passado, os papéis tiveram seu preço fixado 5,5% abaixo da cotação de mercado. "O desconto, juntamente com a previsão de alta para a Bolsa nas próximas semanas, deve trazer um retorno razoável para o investidor", afirma o analista.

Diferentemente das ofertas públicas primárias (IPO, em inglês, quando a empresa coloca suas ações na Bolsa pela primeira vez), na oferta secundária o mercado já dispõe de informações suficientes para precificar e projetar o desempenho futuro para as ações. "Por isso, não adianta tentar flippar (participar da oferta para vender os papéis em seguida e obter lucro rápido). O ganho, nesse caso, virá no médio e longo prazo", diz Gouveia.

Amanhã termina oferta de ações da BM&F


Termina amanhã o período de reserva de ações da oferta pública (IPO) relativa à abertura de capital da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A reserva pode ser feita em bancos e corretoras e também pela internet, por meio do homebroker das corretoras. Na sexta-feira passada (dia 23), os rumores no mercado eram de que a demanda superava em três vezes a oferta. A expectativa é de que essa relação aumente nesses dois últimos dias de reservas, se a Bolsa reduzir as perdas sofridas na semana passada. As ações da BM&F vão estrear na Bovespa sexta-feira (dia 30).

O preço de referência por ação está estimado no prospecto entre R$ 14,50 e R$ 16,50, considerado muito baixo por analistas. Por isso, há expectativa de que neste início de semana seja divulgada revisão para cima desse preço inicial, tal como ocorreu com a Bovespa.

O preço final será fixado na quarta-feira (dia 28) pelo procedimento do livro de oferta, que reflete o valor oferecido por investidores institucionais. O valor mínimo de investimento é de R$ 5 mil e o máximo, R$ 300 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.