quinta-feira, abril 10, 2008

Operações via iPhones ou handhelds

Comprar e vender ações pelo computador de casa virou hábito do passado

Com as novas tecnologias, já é possível investir de dentro do táxi e até do consultório do dentista

Yolanda Fordelone - AE

Todos os dias, às 10 horas da manhã, o empresário Fábio Toreta prepara-se para uma maratona diária. Até as 17 horas, ele fica ligado a toda a movimentação de preços que acontece na Bolsa de Valores de São Paulo e realiza, pelo menos, uma operação de compra ou de venda de ações. Ao contrário do que você pode ter pensado, ele não passa o dia sentado em frente a uma tela de computador, operando via home broker.

Toreta utiliza um serviço adaptado para a negociação de ações por celular e computadores de mão, os smartphones e iPhones. Entre uma reunião e outra, o investidor acessa a cotação de seus investimentos. “Costumo deixar programada a ordem de compra ou venda da ação e quando saio de uma reunião, checo se a minha ordem foi executada”, diz. O investidor aproveita também para rever as ações que investiu e verificar se houve alguma mudança de tendência de preços.

A vida de Toreta e de milhares de investidores na Bolsa mudou no começo deste ano. “Pelo sistema antigo é praticamente impossível negociar ações por aparelhos móveis”, conta outro investidor, Davi Almeida, que aplica diretamente na Bolsa desde julho do ano passado e realiza cerca de 70 operações de compra e venda todos os meses. “As letras e os gráficos são pequenos demais e atrapalham qualquer tentativa”, completa.

“Compro e vendo ações pelo celular há um mês e ele não perde em nada para o home broker (sistema de negociação pelo computador) que acesso da minha casa”, afirma Toreta. A escolha pela mobilidade ocorreu porque o empresário passa muito tempo em reuniões com clientes. “Tenho utilizado um smartphone para negociar ações todos os dias”, diz.

Toreta lembra que a mobilidade já lhe rendeu bons negócios. “No mês passado, a Vale anunciou o fim das negociações com a Xstrata, após o horário regular do pregão. Quando eu voltava para casa, recebi uma mensagem no celular com a notícia e imaginei que os papéis iriam se valorizar. Na mesma hora, parei o carro e comprei algumas ações pelo celular no after market (mercado de negociação de ações que funciona após o horário tradicional do pregão)”, conta. Essa facilidade em operar pelo celular rendeu lucros: Toreta ganhou pouco mais de 6% na transação, já que adquiriu os papéis no mesmo dia por R$ 48,10 e os vendeu no dia seguinte a R$ 51,30. Esse rendimento é quase o que a poupança rende em todo o ano.

A qualquer lugar, a qualquer momento

Atualmente, somente as corretoras Ativa e Itaú oferecem serviços móveis, mas a tendência é que outras empresas comecem a proporcionar esta opção. Para acessar o serviço no Itaú, chamado de mobile broker, não é necessário fazer download ou possuir um aparelho habilitado. “Toda a operação é feita via internet. Basta ir até o site da corretora”, explica o presidente da corretora, Roberto Nishikawa.

O número de interessados vem crescendo e, em apenas dois meses desde o lançamento do serviço, 250 investidores já aderiram. “Em média, os investidores têm negociado R$ 3 mil por operação”, conta Nishikawa. No Itaú, para operar com essas tecnologias modernas, o investidor paga somente a corretagem, exatamente o que pagaria se tivesse negociando de casa.

Já na corretora Ativa, o custo é maior. “Cada ordem enviada por celular tem a corretagem de um negócio no home broker (R$ 15) mais a taxa de R$ 1,50”, afirma a diretora comercial da corretora, Silvia Werther. Além disso, há o custo de R$ 30 mensais para manter o serviço. O investidor que gasta mais de R$ 495 de corretagem no mês fica isento da mensalidade. “Oferecemos as cotações das ações em tempo real, gráficos e o saldo do cliente”, explica Werther.

Em ambas as corretoras, a tecnologia móvel permite, por enquanto, que os clientes negociem somente ações. Os preços do serviço partem de R$ 20,00. Entre as empresas que oferecem a comodidade para as corretoras estão a Agência Estado e a CellBroker.

O investidor Davi Almeida explica o que, para ele, é a vantagem do serviço. “Gosto de fazer operações de curto prazo, mais ou menos três por dia. Com essa volatilidade do mercado, é importante ter essa opção de comprar e vender ações em qualquer lugar, a qualquer momento”, resume.

quarta-feira, abril 09, 2008

O que é necessário saber para investir em ações

Há algum tempo venho escrevendo sobre como proceder para investir em ações. Pois bem, novamente vou colocar um post sobre tal assunto para depois dar continuidade aos fatos e o posterior lançamento de uma carteira de investimentos.
Uma coisa é absolutamente certa: quem investe não pode ter a maior rentabilidade, a maior liquidez e a maior segurança ao mesmo tempo. Cada tipo de investimento oferece sua possibilidade de rendimento, sua possibilidade de virar dinheiro nesse ou naquele prazo e seu nível específico de risco.

Não existe investimento que ofereça ao mesmo tempo a maior rentabilidade, a maior segurança e a maior liquidez. A escolha de um reflete no resultado do outro.

Você conhece o seu perfil como investidor?
A melhor aplicação é aquela que reflete o perfil do investidor e o objetivo dele com relação ao investimento, além de levar em conta o cenário econômico do momento.

O perfil e o objetivo do investidor apontam o caminho mais adequado para o investimento.

Em tempo...
Rentabilidade e risco andam juntos. Sempre!

Todo investimento tem um determinado nível de risco associado. Ou seja, os investimentos pressupõem ganhos ou perdas decorrentes de oscilações nos preços de mercado dos ativos financeiros.

Quanto maior for o retorno esperado, maior será o risco associado ao investimento. Porém, o investimento de maior risco não garante o maior retorno, apenas aumentam as chances de maior rentabilidade.

Para investir no mercado de ações, você deve acompanhar os fatores do mercado financeiro e os do negócio em si. São eles que determinam se o preço de uma ação vai cair ou subir.

O be-a-bá dos fundos de investimentos

1. Fundos de Investimento

É uma concentração de recursos financeiros captados de Pessoas Físicas e Jurídicas, fracionados em cotas e destinados às aplicações financeiras, em títulos públicos e privados, nos mercados de renda fixa, renda variável e derivativos, de acordo com o regulamento e a política de investimento do fundo. Apesar de possuir CGC, um fundo não tem personalidade jurídica própria.

Quando sua empresa investe em Fundos de Investimento, significa que está confiando seus recursos à administração de terceiros, isto é, está contratando um serviço.

2. FI (Fundo de Investimento) e FIA (Fundo de Investimento em Ações)

São fundos que possuem carteira própria de títulos, lastreando diretamente todas as aplicações de seus investidores. Podem vender cotas para Pessoas Físicas e Jurídicas e também para outros fundos (FICs).

3. FIC (Fundo de Investimento em Cotas dos FIs) e FIC FIA (Fundo de Investimento em Cotas de FIAs)

São Fundos de Investimento que possuem em sua carteira cotas de outros fundos (FIs). Podem ser vendidos para Pessoas Físicas e Jurídicas.

4. Regulamento

Cada fundo tem um regulamento, registrado em cartório, que contém todas as informações sobre o seu funcionamento e é determinado a partir de regras estabelecidas pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários.

5. Política de Investimento

A escolha da relação "risco X retorno" pretendida pela instituição financeira administradora do fundo, de acordo com sua composição de carteira, é que vai determinar a personalidade de cada fundo para atender aos vários perfis de investidores.

6. Patrimônio

Os recursos captados pelo fundo são aplicados de acordo com a política de investimento e a composição básica da sua carteira, conforme definido em seu regulamento. O cálculo do valor diário desse patrimônio é obtido através da contabilização dos preços de mercado dos ativos financeiros em carteira (marcação a mercado) e da dedução das despesas previstas em regulamento (taxa de administração, taxa de performance, provisões para divulgação de balanços, realização de assembléias e outras citadas no regulamento).

7. Carteira

No mercado financeiro, dá-se o nome de carteira ou portfólio ao conjunto de títulos e/ou aplicações financeiras pertencentes a uma Pessoa Física, Pessoa Jurídica, Fundos de Investimento, etc.

8. Quotas

Corresponde a uma fração ideal do fundo. Seu valor é igual ao patrimônio líquido do fundo dividido pelo número de quotas.

9. Valor da Quota

É apurado diariamente através da relação entre o patrimônio líquido (rentabilidade dos ativos financeiros - despesas) pelo número de quotas do fundo.

10. Quotista

Ao aplicar em um Fundo de Investimento, sua empresa torna-se quotista desse fundo, ou seja, é acionista da carteira de investimento que escolheu para investir seu capital. Seus recursos são transformados em quotas, dividindo-se o valor da aplicação pelo valor da quota do dia, previsto para conversão em quotas, segundo o regulamento do fundo.

11.Taxa de Administração

É a remuneração do administrador do fundo pela administração de recursos de terceiros, cobrada sobre o patrimônio do fundo, provisionada diariamente e cobrada em base mensal. As quotas divulgadas diariamente já se apresentam líquidas da taxa de administração.
Alguns fundos podem aplicar a cobrança de uma taxa de performance, situação em que se estabelece um parâmetro como objetivo. Sempre que esse objetivo for ultrapassado, será aplicada a cobrança de uma taxa sobre o excedente, de acordo com o que for especificado no regulamento.

Santander divulga relatório sobre investimentos

O banco Santander divulgou ontem um informe ressaltando que crê que a economia dos EUA deve se deteriorar ainda mais e, conseqüentemente, provocar uma desaceleração econômica global mais brusca, o que ainda deve causar fortes turbulências nos mercados no curto prazo.

Neste cenário, os analistas da instituição recomendam aos investidores que aumentem suas posições nos setores atrelados às commodities metálicas, casos do siderúrgico e de mineração, pois acreditam que eles estão mais protegidos dos efeitos negativos da manutenção da cri
Segundo o banco espanhol, os temores com os impactos de uma desaceleração econômica na demanda pelas commodities, aliados à volatilidade que deve persistir nas próximas semanas, devem criar interessantes oportunidades de compra entre as empresas ligadas aos metais.

Isto porque, do ponto de vista fundamentalista, o banco recomenda um posicionamento de longo-prazo nestes papéis devido à combinação entre as boas perspectivas futuras de crescimento da demanda dos países emergentes, especialmente da China, e a oferta limitada das empresas.

A despeito das turbulências esperadas, a instituição acredita que 2008 deve ser um bom ano para as siderúrgicas na América Latina, especialmente aquelas que estão iniciando a exploração de minério de ferro, casos de CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5).


Para o setor siderúrgico, o Santander elegeu as ações da Usiminas como top picks, pois acredita que a aquisição da mineradora J. Mendes ainda não está totalmente precificada. Os papéis receberam a recomendação de compra do banco, mesma sugestão dada aos ativos da Vale (VALE5).

O desperdício que leva ao caos

Todo fim do mês, é a mesma coisa: conta no vermelho, aguardando o próximo pagamento, que já está todo comprometido, de acordo com a planilha दे orçamento para o mês seguinte.

São serviços essenciais, alimentação, mensalidade da escola, transporte, a fatura do cartão दे crédito etc etc etc.

Você já está cansado de saber que é necessário se planejar financeiramente para garantir uma reserva de emergência e para chegar ao fim do mês sem rombos no orçamento. Mas já tentou, por todos os lados, cortar gastos e agora não tem mais ओंदीकोनोमिज़र. Será?

Avaliação orçamentária
Muitas vezes, गस्तोस que antigamente não faziam diferença no final do mês, hoje se tornam verdadeiros vilões das सुअस você nem percebe que são supérfluos, já que os incorporou às suas despesas.

Que tal rever planilhas antigas e refazer algumas contas? Na hora de एकोनोमिज़र, vale abrir mão de determinados hábitos, que hoje nem fazem mais tanta diferença no seu dia-a-dia, mas cujo corte será um grande alívio no final do mês.

Chega de desperdício
Quando se fala em desperdício, logo vem a imagem de um prato de comida sendo jogado fora ou aqueles alimentos guardados que perderam a validade.

No entanto, além desse tipo de desperdício, existem outros que, muitas vezes, a gente nem percebe. Sabe aquela revista que você assinou há uns cinco anos e que hoje chega e permanece fechada por um bom tempo? Pois é, ela representa um gasto que pode ser revisado. Na época de renovação da assinatura, tente um acordo com a editora por um preço melhor ou cancele a publicação até que suas finanças estejam resolvidas.

E aquela mensalidade do clube que você freqüenta "de vez em nunca"? Claro que você é sócio desde adolescente e seus filhos gostavam muito de ir à piscina no fim de semana. Hoje, seus filhos não freqüentam mais o local e você nem sabe mais o que acontece lá dentro. A mensalidade é debitada todo mês da sua conta e você nem percebe. Que tal vender o título? Além de receber uma "graninha" com a venda, ainda vai economizar, mês a mês, com as mensalidades, que eram pagas à toa.

Endividamento
Outra forma de evitar o desperdício e o endividamento é controlar as compras por impulso. Sabe aquela esteira elétrica que você tanto queria e prometeu utilizá-la todas as noites depois do trabalho? Pois é... hoje ela está lá, no meio do quarto, servindo de cabide. Mas as prestações que você fez, em dez vezes, continuam caindo, pontualmente, no dia 20 de cada mês.

Que tal pensar mais antes de fazer esse tipo de dívida? De acordo com o presidente da Abef (Associação Brasileira de Educação Financeira), Edmílson Loureiro de Lira, em entrevista à revista Fundos de Pensão, "o melhor a fazer é poupar para comprar à vista".

Além de a pessoa pensar mais antes de gastar uma grande quantia de uma só vez, ela se livra das prestações infinitas e, em caso de arrependimento ou necessidade, é possível até vender o produto, que já está totalmente pago.

terça-feira, abril 08, 2008

Eu não sabia o que era procurei na web e descobri


O que é Endomarketing?

por Washington Sorio *

Endomarketing é uma das mais novas áreas da administração e busca adaptar estratégias e elementos do marketing tradicional, normalmente utilizado no meio externo às empresas, para uso no ambiente interno das corporações.

É uma área diretamente ligada à de comunicação interna, que alia técnicas de marketing a conceitos de recursos humanos.

Quem nunca ouviu falar que antes de vender um produto para seus clientes, as empresas precisam convencer seus funcionários a comprá-lo? O endomarketing surge como elemento de ligação entre o cliente, o produto e o empregado.

E "vender" o produto para o funcionário passa a ser tão importante quanto para o cliente. Significa torná-lo aliado no negócio, responsável pelo sucesso da corporação e igualmente preocupado com o seu desempenho.

Saul Bekin cunhou o termo Endomarketing em 1995 e em seu livro "Conversando sobre endomarketing" discorre, de maneira leve e didática, sobre quase todos os elementos do que Philip Kotler em "Administração de marketing" chamou de marketing interno das organizações.

A comunicação empresarial assume cada vez mais uma intensidade global, nos compelindo a gerar e repassar informações de nível corporativo para os diversos públicos com que a empresa se relaciona, a começar pela imprensa, passando pela comunidade, clientes, demais parceiros da cadeia produtiva e da própria organização empresarial, principalmente funcionários.

Ao nos lançarmos em busca de referenciais globais de qualidade – como certificação ISO 9000, por exemplo – nos damos conta da importância do envolvimento dos funcionários nesses processos. E aí a comunicação interna é convidada a desenvolver mecanismos que agilizem e tornem possível essa integração dos funcionários com as mudanças que estão acontecendo dentro das empresas.

Tudo isso nos faz repensar a atividade de comunicação empresarial mais especificamente voltada para o público interno, com uma pergunta bastante simples, cuja resposta pode não ser tão fácil de obter: nossos funcionários estão felizes? Altruísmos à parte, isto acaba se refletindo no clima organizacional e na qualidade dos produtos e serviços da empresa.

Em vez de meras ferramentas para as empresas atingirem seus objetivos, a comunicação interna também pode e deve se propor a ajudar as pessoas a se sentirem mais felizes em seu ambiente de trabalho onde, em tese, passam pelo menos um terço de suas vidas.

As pessoas nas organizações possuem necessidades muito específicas e são atingidas pela comunicação de maneira direcionada, mais explícita do que normalmente acontece com o consumidor comum.

Se imaginarmos que as organizações são aglomerações humanas, com interesses comuns e também divergentes, eis a complexidade que reveste a administração de pessoas e o conseqüente direcionamento do endomarketing para a obtenção dos resultados esperados.

A opinião do público interno tem grande influência nas opiniões e perspectivas do público externo, do consumidor em geral. Partindo desse princípio, as empresas cada vez mais têm investido no endomarketing como uma estratégia de Recursos Humanos.

O endomarketing existe para atrair e reter seu primeiro cliente: o cliente interno, obtendo significativos resultados para as empresas e, também, atraindo e retendo clientes externos.

Afinal, funcionários insatisfeitos com as condições de trabalho e com os próprios produtos lançados, irão fazer uma contra-propaganda cada vez que multiplicam fora da empresa a sensação de descontentamento que os dominam. E, caso estejam satisfeitos com a empresa, poderão "vendê-la" para o cliente externo.

Essa atitude estratégica visa dar aos funcionários uma noção da importância de um serviço orientado para atender aos clientes, fazendo-os ter a capacidade de responder qualquer dúvida que surja dentro da companhia, e isso inclui envolvimento, comprometimento, valorização e, principalmente, qualificação do funcionário, visando assumir responsabilidades e iniciativas, conhecendo todas as rotinas de serviço da empresa onde atuam. Afinal, uma informação errada dada ao cliente externo ou uma imagem negativa pode comprometer todo o desenvolvimento de um projeto.

O funcionário deve saber a importância do lugar onde trabalha e da sua própria importância, pois só assim ele poderá ter um bom ambiente de trabalho e equipe.

O endomarketing é um elemento indispensável para o sucesso de qualquer empresa. A confiança do público, tanto o interno como o externo, é uma conseqüência do endomarketing.

Pode-se imaginar o quanto o endomarketing é importante para o crescimento dos negócios nesse cenário. E o quanto representará para as empresas que souberem estruturar seus planos de abordagem aos empregados, visando a máxima qualidade do produto-atendimento oferecido aos seus mercados.

washington.sorio@globo.com

segunda-feira, abril 07, 2008

Algumas outras dicas para controlar seus gastos

Comer nhoque todo dia 29 do mês, colocar uma nota de um dólar na carteira durante a noite de Ano Novo, assim como outras simpatias para ganhar dinheiro, têm uma coisa em comum: não deixam ninguém rico de um dia para outro! Recorrer às crendices populares infelizmente não é a saída para colocar ordem em suas contas e juntar dinheiro.

Existem conselhos muito mais úteis para você aprender a administrar de forma mais eficiente as suas finanças. Confira as dicas abaixo e descubra que organizar sua vida financeira é mais fácil do que imagina:

• Gaste menos do que ganha
Muitas pessoas se esforçam para economizar nas compras, mas acabam gastando o dinheiro com outros itens, e desta forma não conseguem poupar. Se o seu orçamento está equilibrado, ou seja, você gasta o que recebe, você tem duas alternativas para conseguir começar a poupar: aumentar a sua renda ou cortar suas despesas.

Nos dois casos a receita é a mesma: você deve gastar menos do que recebe. Na prática, isso significa que você deve definir o seu padrão de vida com base na renda que recebe, sem incluir o limite do cheque especial ou do cartão de crédito! Assim que receber seu salário, reserve entre 5% e 10% do que receber para poupar. Este é um hábito importante. Essa estratégia é muito mais eficiente do que esperar o mês acabar e dar uma olhada no que sobrou. Normalmente nunca sobra nada!

• Controle seus gastos
Faça um planejamento orçamentário. Não deixe que seu dinheiro vá embora todo mês com coisas inúteis. Valorize seu trabalho e gaste seu salário de forma mais racional. Ninguém está pedindo para que você se torne um pão-duro, um muquirana. Muita gente leva tão a sério o hábito de poupar que chega a ficar paranóica com isso. Tente controlar seus gastos melhor e descubra para onde está indo seu dinheiro, pois assim fica mais fácil saber o que pode ser cortado.

• Atenção ao parcelar!
Hoje em dia é praticamente impossível obter um desconto na compra à vista, ao invés disso, os varejistas oferecem a possibilidade de pagamento sem juros. A razão para isso é simples: é mais fácil convencer alguém que está comprando parcelado a comprar um bem mais caro, pois o peso da prestação no orçamento é menor, do que alguém que está pagando à vista.

Pense da seguinte forma: se você tiver que pagar à vista uma TV de R$ 500 você se planeja, mas se puder parcelar em 10 vezes, talvez não se importe de comprar uma TV de R$ 750 (ou seja, 50% mais cara), pois a prestação (R$ 75) ainda caberá no seu orçamento. A menos que você mantenha um controle bastante bom dos seus gastos, o acúmulo de compras parceladas pode, sim, levar ao descontrole financeiro.

Isso sem falar que é o primeiro passo para o crediário. Acostumado com o conceito de prestações, você acaba mais suscetível às compras financiadas. Antes que perceba está comprando uma geladeira nova no crediário, o que irá lhe custar muito mais do que se tivesse planejado a compra. Por mais que os juros tenham caído, eles ainda seguem elevados para o consumidor, de forma que financiar bens de consumo não é recomendável. O ideal é planejar a compra, mas se isso não for possível, é importante planejar o levantamento do crédito.

• Aprenda a investir seu dinheiro
Por ignorância e preconceito, milhões de brasileiros deixam de ganhar muito dinheiro por não saber qual a melhor forma de aplicar seus recursos. Ao contrário do que parece, investir seu dinheiro não requer um conhecimento muito amplo de economia nem do mercado financeiro. O ideal é que você busque informações atualizadas em jornais e sites financeiros, sem deixar de consultar especialistas da área. Invista na sua educação financeira, ela lhe trará bons retornos!

• Estabeleça objetivos claros
Economizar para poder investir só faz sentido se você está planejando alguma coisa no futuro. Afinal, ao poupar você precisa abrir mão da satisfação imediata do consumo presente em favor da possibilidade de gastar mais para frente. No Brasil, como os juros são altos, ao poupar você também garante que a quantia que irá receber no futuro é maior do que aquela que deixou de gastar no presente.

Apesar disto, poupar não é uma tarefa fácil. Estabelecer objetivos claros, como uma viagem ao exterior, um carro novo ou simplesmente a compra da casa própria, também ajuda, pois dá um estímulo a mais para você poupar. De tempos em tempos é importante rever o seu planejamento e definir novas metas de poupança, afinal, com o tempo, é de se esperar que a sua realidade financeira mude.
Por último, lembre-se que realizar um sonho custa caro, porém com disciplina e organização é possível realizá-los antes do esperado. Como diz o velho ditado, o importante não é economizar muito, mas economizar sempre! E, quanto antes você começar, melhor!
As tarefas para quem vai investir no mercado de ações


Quem está querendo conhecer ou já opera no mercado de ações tem diante de si uma lista grande de tarefas. As informações são quase que infinitas, as técnicas, ferramentas e métodos são os mais diversos e para todos os gostos.

Entre o momento em que é tomada a decisão de investir em ações e a hora de colocar o lucro no bolso, muita coisa acontece e, cada etapa do processo merece estudo e atenção. Afinal, há dinheiro em jogo.

Dedicação na hora de escolher
Mas, entre tanto a fazer, a maior preocupação de quem planeja um trade deve ser a correta escolha do ativo a ser operado. Se for bem feita, a escolha ajuda muito, principalmente a quem está começando.

O tempo necessário e o cuidado despendido na hora de escolher o ativo deve ser maior do que em qualquer outra parte do planejamento da operação. A dica é dos analistas Leandro Ruschel e Alexandre Wolwacz.

Ação de personalidade
Nesta hora, é preciso ter em mente que ações têm as suas "personalidades", ou seja, enquanto existem aquelas de temperamento mais doces e serenas, existem outras bem mais instáveis, agitadas, voláteis.

Sendo assim, na hora de eleger as suas o ideal é ficar com aquela que melhor se enquadra em seu perfil de operar e, para os iniciantes, pode ser interessante ficar com as mais "dóceis" até estar mais acostumado às turbulências do mercado.
Como administrar a sua carteira de investimentos?

Investir no mercado financeiro pode ser comparado com qualquer outra atividade do nosso dia-a-dia: ninguém nasce sabendo e o aprendizado deve ser gradual. É como andar de bicicleta: os primeiros movimentos podem parecer difíceis. Exatamente por isso, no começo devemos evitar riscos ou acelerar demais. Uma vez aprendidos os movimentos, não nos esquecemos mais. O mesmo princípio é válido para a sua estratégia de investimento!

Antes de investir no mercado financeiro é preciso que você já tenha definido qual será a sua estratégia de investimento. Não se esqueça que uma boa estratégia é aquela que já foi testada ou simulada e demonstrou ser bem sucedida. Além disso, é fundamental que ela se adapte ao seu perfil como investidor, ou seja, que seja compatível com a sua forma de pensar e agir.

O mais difícil para aprender como administrar uma carteira de investimentos é deixar de se envolver emocionalmente. Afinal quem gosta de perder dinheiro, nem que seja por um dia? Você precisa ficar calmo e ter sangue frio, já que essa é a única forma de ganhar dinheiro no mercado financeiro. Não se esqueça que só perde dinheiro aquele que vende quando o mercado está em baixa. Por isso é importante que você entenda a dinâmica da estratégia que você decidiu seguir e fique firme!

Muitas pessoas perdem dinheiro por que ao invés de serem consistentes e agirem de acordo com o que pensam, tomam decisões precipitadas baseadas em emoção. Entender o mercado é muito mais simples do que parece à primeira vista! A seguir preparamos algumas dicas que você deve levar em conta na hora de investir.


Dica 1. Sempre adote uma estratégia!
ocê não vai chegar a lugar nenhum comprando ações que parecem boas oportunidades só porque subiram muito ou porque todo mundo fala nelas. Quando isto ocorre, essas ações em geral apresentam os piores desempenhos de mercado. Dado que são ações que todo mundo quer comprar, na maioria das vezes são ações que apresentam indicadores de mercado muito altos (ex. P/LPA, P/VPA etc.), em outras palavras, são relativamente caras.

Não se esqueça, quando todo mundo começa a falar sobre uma ação, muito provavelmente ela já deixou de ser uma boa oportunidade de investimento, ou seja, alguém já comprou barato e vai vender para você mais caro! Exceções à regra sempre ocorrem, mas na maioria das vezes a todas as ações que subiram demais vão sofrer algum tipo de correção no curto ou médio prazo.

Sempre pense e invista seu dinheiro como parte de uma estratégia e não como atos isolados, movidos pelo emocional. Se a sua estratégia se resume a comprar a ação que todo mundo está falando, provavelmente você estará comprando quando a ação já estiver muito cara, e a probabilidade de perder dinheiro aumenta bastante!

Se você é um daqueles que não consegue seguir uma estratégia de investimento, então não há dúvida, sua melhor estratégia é investir em fundos de ações. Isso porque é bem provável que o administrador de um fundo de ações saiba que uma ação é um bom investimento antes de todo mundo estar falando sobre ela.

Como diria o velho ditado: se você não consegue combater o inimigo, junte-se a ele...


Dica 2. Só adote estratégias testadas
Só adote uma estratégia depois dela ter sido testada. A melhor forma de fazer isso é montar uma carteira de investimento simulada de acordo com essa estratégia, e acompanhar o seu desempenho por um período pré-estabelecido de tempo. Só assim você poderá afirmar que a estratégia é bem sucedida. Não acredite no que você ouviu falar, e se alguém lhe contar uma história de sucesso, tente saber qual foi a estratégia por trás desse sucesso e faça simulações com ela.

O raciocínio por trás disso é que não basta a estratégia ter funcionado uma vez, ou para uma pessoa, é necessário que ela tenha um histórico comprovado de sucesso. Não se esqueça, cada investidor tem um perfil de investimento diferente, e você só deve adotar estratégias adequadas ao seu.

Consistência é a marca dos grandes investidores, é o que os separa dos demais participantes do mercado. Se você adota uma estratégia de forma consistente, então sem dúvida alguma você certamente estará à frente dos investidores que entram e saem do mercado, mudam de tática no meio do caminho, e constantemente estão em dúvida quanto a estratégia que adotaram.

Entenda bem qual é o seu perfil como investidor (ou seja, sua tolerância ao risco, objetivo de retorno, etc.). Uma vez que isso estiver claro, planeje como pretende atingir os seus objetivos (ou seja, defina uma estratégia) e seja fiel a eles.


Dica 3: Seja consistente na hora de investir
Investir não é uma aposta, basta seguir de maneira consistente uma estratégia de investimento que no longo prazo você sai ganhando.

Uma estratégia bem definida de investimento deve ser seguida se você quiser ganhar dinheiro e limitar suas perdas. Portanto, siga estratégias bem definidas. Não tente antecipá-las ou pular etapas. Não abandone uma estratégia bem sucedida só porque ela está demorando mais do que o costume para dar os resultados esperados. Uma mudança de estratégia só deve ocorrer em dois casos: quando você tem certeza absoluta que a estratégia seguida foi incorreta ou quando fatores de mercado alteram as premissas básicas utilizadas na formulação da estratégia.

Se você tem muita pressa para alcançar seus objetivos de rentabilidade, então você não deve investir no mercado de ações, que é mais indicado para quem pretende investir por ao menos um ano. Isso não significa, porém, que você precisa investir durante um ano na mesma carteira de ações. É bem provável que durante um ano você troque algumas ações da sua carteira, ou seja, venda uma ação para comprar outra. Isso faz parte da estratégia, uma vez que diversos fatores podem alterar as condições de mercado, e você tem que ser rápido para adaptar-se às novas condições.

Porém você não pode alterar seus critérios e objetivos, pois aí sim você não estaria sendo consistente. Grande parte das estratégias bem sucedidas inclui algum tipo de re-alocação de ativos, porém quase nenhuma inclui uma mudança de critérios ou de estratégia.


Dica 4: Não basta ser positivo é preciso ser relativo!
Ao analisar o retorno médio da carteira obtido a partir de uma estratégia definida, é preciso analisar não só o retorno absoluto, mas principalmente o relativo em relação ao mercado. Ou seja, dizer que sua carteira teve um retorno médio de 10% no ano, não quer dizer nada. Um retorno de 10% pode ser excelente, se o retorno do mercado foi de 2%, ou péssimo se o retorno do mercado foi de 20%.

A maioria dos investidores calcular o retorno relativo de suas carteiras com relação ao desempenho do mercado de ações (ex.Ibovespa). No entanto, é o seu perfil como investidor que define em relação a que índice você deve comparar o retorno da sua carteira.

Se no seu perfil você definiu um objetivo de retorno em linha com o rendimento da poupança, então esse deve ser o seu índice de referência. No entanto, pode ser que a sua carteira está apresentando retornos consistentemente superiores porque você está adotando, sem perceber, uma estratégia de investimento mais arriscada.


Dica 5: Cuidado! Retorno e risco andam de mãos dadas!
Na dica anterior introduzimos o conceito de retorno relativo, e mencionamos que um retorno maior pode estar mascarando uma estratégia mais arriscada. É por isso que os investidores mais experientes utilizam medidas de retorno ajustadas para risco. Mas como mensurar risco?

No mercado financeiro, risco é medido pela volatilidade, ou seja, uma medida de quanto o valor de um ativo (ou de uma carteira) varia em relação ao seu valor médio de longo prazo. Quanto maior a volatilidade de uma carteira, maior é a chance de você não vir a alcançar o objetivo de retorno pré-estabelecido.

É por isso que os administradores de fundo trabalham com medidas de retorno ajustado para risco. Na verdade, o termo otimização de carteira reflete o conceito de retorno ajustado para risco. Quando um administrador de fundo diz que otimizou a carteira de um fundo, isso equivale a dizer que para um certo objetivo de rentabilidade ele minimiza o risco dessa carteira (ou seja, sua volatilidade). Algumas medidas conhecidas de retorno ajustado para risco são Índice de Sharpe e o Índice de Modigliani (ver glossário).


Dica 6: Sempre use mais de uma estratégia!!
A menos que você só esteja interessado em estratégias de pouquíssimo risco, você deve adotar mais de uma estratégia de investimento, e alocar partes da sua carteira para cada uma dessas estratégias. Quanto da sua carteira você aloca para cada uma de suas estratégias depende do seu perfil de risco.

Caso você tenha um perfil mais conservador, você pode montar sua estratégia baseada em uma carteira de "yield" ou de dividendos. A maioria dos ativos de uma carteira de yield (ou dividendos) é composta por empresas com uma política de dividendos agressiva. Ou seja, empresas que distribuem boa parte de seus lucros sob a forma de dividendos ou outros proventos. Por adotarem essa política em geral as ações dessas empresas são menos voláteis, ou seja, variam menos do que as demais ações. Ações como estas são recomendadas para investidores que querem participar diretamente do mercado de ações, mas que não querem correr muitos riscos.

Um investidor de perfil mais agressivo, por outro lado, deve olhar para ações com perfil de crescimento mais acelerado. Bons exemplos são as ações de setores como tecnologia e telecomunicações, que apresentam maior potencial de valorização, mas que refletem um risco associado também mais alto (mais voláteis). A maioria dessas empresas reinveste seus lucros (quando existentes!) diretamente na empresa, sem distribuir dividendos aos acionistas.


Dica 7: Só invista com quem tem uma estratégia!
Se você não tem tempo, ou não se sente confortável, para montar uma carteira de investimento então você deve optar por fundos de investimento. Nesse caso, só compre fundos em que os administradores sejam capazes de demonstrar que sua estratégia de investimento apresentou resultados consistentes.

Muitos administradores de fundo não são capazes de seguir uma estratégia e determinam a alocação de sua carteira mais com base em intuição mais do que experiência. Fuja deles! Afinal, você tem que saber como ele está administrando o seu dinheiro.


Dica 8 : Investir em ações não é um cassino!
Inúmeras análises estatísticas do desempenho do mercado de ações comprovam que o desempenho do mercado não é caótico ou aleatório. Ele segue padrões que podem ser identificados. A análise técnica, discutida mais detalhadamente na seção "Como Analisar o Mercado", que se encontra dentro do "Guia de Ações", segue essa linha de raciocínio. O princípio básico por de trás dessa metodologia é o de que a tendência do preço de uma ação no passado é um importante determinante do preço da mesma no futuro.