quinta-feira, junho 05, 2008

O bendito planejamento financeiro

Planejamento financeiro aborda a programação do seu orçamento, a racionalização dos gastos e a otimização de seus investimentos.

É um processo racional de administrar sua renda, seus investimentos, suas despesas, seu patrimônio, suas dívidas, objetivando tornar realidade seus sonhos, desejos e objetivos, tais como: casa própria, poupar para a educação dos filhos, fazer a viagem dos sonhos, investir de acordo com o perfil pessoal, ser bem sucedido na carreira profissional, reduzir impostos, tornar-se empresário, aposentar-se confortavelmente, planejar e administrar testamento, partilha, ...

A maioria das pessoas trata de suas finanças procurando gastar menos do que ganha. Este é apenas um dos aspectos do planejamento.
É necessário, entre outros aspectos, estabelecer objetivos, sem os quais a pessoa age como um barco sem rumo.

A vida produtiva tem várias fases, cada uma das quais apresenta seus desafios.

Através do planejamento é possível identificar as oportunidades e dificuldades de cada uma, e definir, antecipadamente, estratégias para enfrentar cada situação.

O planejamento financeiro será o seu mapa de navegação. Mostrará onde está, onde quer chegar e indicará os caminhos a percorrer.

Um planejamento financeiro eficiente pode fazer mais por seu futuro do que 30 ou 40 anos de trabalho.


Eventos que podem originar a necessidade do planejamento financeiro:

Compra ou venda de negócios de família

Crise financeira

Herança ou repartição de bens

Mudanças na carreira profissional

Planejamento para filhos ( nascimento, adoção, educação )

Planejamento para aposentadoria

Preparação para casamento, separação

Recebimento de grande soma de dinheiro ou inesperada queda financeira


O planejamento das finanças não visa apenas o sucesso financeiro, ele é relevante para o sucesso pessoal e profissional
.


O gerenciamento adequado das finanças é o diferencial entre sonhadores e realizadores
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ALGUNS EQUÍVOCOS A RESPEITO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO

  1. Confundir Planejamento Financeiro com Investimentos;
  2. Esperar momentos de crise para tomar a iniciativa de fazer o Planejamento Financeiro;
  3. Esperar retornos irreais para seus investimentos;
  4. Não estabelecer objetivos financeiros mensuráveis;
  5. Pensar que Planejamento Financeiro é a mesma coisa que planejamento para aposentadoria;
  6. Pensar que Planejamento Financeiro é para quando ficarem velhos;
  7. Pensar que Planejamento Financeiro é Planejamento Tributário
  8. Pensar que Planejamento Financeiro é somente para quem possui muito dinheiro;
  9. Pensar que utilizar os serviços de um Consultor Financeiro, significa perder o controle de suas finanças pessoais;
  10. Tomar uma decisão financeira sem entender seus efeitos em sua situação financeira global;

Quinze conselhos para sair da inadimplência

Não são poucos os brasileiros que estão enroscados em dívidas. Há várias razões para isso: compras com cheques pré-datados seguida de desemprego ou de alguma emergência financeira, uso desmedido do cheque especial e do cartão de crédito, financiamento acima da capacidade de pagamento... Enfim. E muita gente não tem idéia de como sair dessa teia. O consultor Emanuel Gonçalves* elaborou uma lista de conselhos para que as pessoas saiam da situação de inadimplente. Veja qual desses conselhos é o mais útil a você.

01 – O processo do endividamento em todas as situações tem seu início quando você passa a recorrer a empréstimos para complementar seus compromissos. Enquanto a pessoa tem crédito fica criando dívidas para pagar dívidas. PARE enquanto há tempo porque você simplesmente está piorando cada vez mais sua situação...

02 - Se estiver pagando apenas o valor mínimo do cartão de crédito por meses e meses, você está praticamente jogando dinheiro fora. Seu débito nunca diminui e este dinheiro representa juros das administradoras. O correto é abrir mão do cartão, suspender o pagamento do valor mínimo e negociar o pagamento do valor total em prestações fixas para liquidar o débito.

03 – No início as administradoras dificultam bastante, falam que você tem de continuar a pagar pelo menos o valor mínimo, etc. Entretanto, a partir do segundo mês sem receber, eles mesmos apresentam proposta de parcelamento do valor total.

04 – Quando negociar qualquer dívida, nunca aceite a primeira proposta que lhe apresentarem, procure sempre barganhar mais. Se eles oferecem para dividir o débito em seis meses, por exemplo, peça para dividir em 20 vezes. Claro que de imediato eles também não vão aceitar, mas pode ficar em 15 ou 12 meses.

05- Dívidas com agiotas: não se intimide com eles. Eles gostam muito de agir desta forma, mas agiotagem é crime e se você registrar uma queixa policial, certamente o quadro se modificará bastante a seu favor. Os agiotas são metidos a valentes, mas são inteligentes. Eles sabem que estão praticando uma ilegalidade.

06 – Faça uma reavaliação em seu orçamento. Procure restabelecer com total prioridade as despesas da subsistência de sua família. Pague primeiro seu condomínio, escola, aluguel ou prestação do imóvel, telefone, energia, etc.

Seja a situação que você estiver, sem o mínimo de condição para sustentar sua família, você não vai poder resolver o problema de mais ninguém.

07 – Verifique quanto você ganha por mês e o total dos seus débitos. Separe o valor para manter sua subsistência e o que sobrar é para pagar dividas.

08 – Procure resolver primeiro os débitos que envolvam nomes de outras pessoas. As compras que você fez com fiadores ou em nome de alguém merecem prioridade para limpar o nome da pessoa e recuperar a confiança que você recebeu.

09 – As contas de valores pequenos podem também ser eliminadas com prioridade.

10 – Modifique seus hábitos de CONSUMO e de sua família, caso contrário você vai voltar a cometer os mesmos erros. Em fase de crise, economizar é a palavra de ordem. Consumo de telefone, energia, despesas supérfluas têm de ser eliminadas. Para gastar todo mundo é solidário, entretanto na hora do endividamento apenas um ou o casal assume a responsabilidade. Lembre-se: "um pequeno vazamento pode afundar um grande navio".

11 – Você sempre pode recorrer aos Juizados de Defesa do Consumidor de sua Cidade para ajudá-lo a negociar os seus débitos. Muita gente pensa que por estar devendo não tem o direito de fazer uma queixa contra seu credor. Pode sim, seja Bancos, administradoras de cartões, financeiras, etc. Os motivos das queixas são os juros absurdos que sempre cobram, dificuldades quanto ao valor da prestação renegociada que você pode pagar, cópias de pedido ou contratos que quase nunca lhe são entregues. Pressão abusiva com telefonemas e recados inconvenientes a vizinhos, etc.

12 – Caso não tenha juizado de Defesa do Consumidor ou PROCON em sua cidade, a queixa pode ser registrada na localidade mais próxima ou na capital do seu Estado.

13 – Ao fazer a queixa, leve os dados corretos. Nome completo da empresa que você tem o débito, endereço completo, explique como foi originado o seu problema, qual o valor envolvido, quantos meses, quanto já pagou, enfim, procure apresentar o máximo de informações para facilitar no momento do registro da queixa.

14 – Procure ter um exemplar do Código de Defesa do Consumidor, que você pode adquirir em qualquer livraria. Leia os artigos que envolvam assuntos sobre DÍVIDAS para que você, na audiência de conciliação que vai ser gerada com a queixa, tenha firmeza em sua defesa. Autoridade é quem tem conhecimentos!

15 – Claro que o endividamento tem como maior responsável a difícil situação econômica do nosso país. Juros impagáveis e tudo mais, todavia, não podemos jogar a culpa apenas nisso. Você também cometeu seus erros, se deixou levar muitas vezes pelas facilidades de comprar a crédito, nunca fez orçamento para comparar seus gastos e agora precisa refletir para corrigir os erros cometidos.

A arte para renegociação de dívidas

As dívidas estão em atraso e não está sendo possível quitá-las nem com o corte de despesas? Passou pela cabeça pedir empréstimos para equilibrar o caixa?

Nada disso! Continue monitorando suas contas e nem pense pedir dinheiro emprestado.

Renegociar as dívidas com credores é a melhor saída.

A tarefa de renegociar dívidas é uma das etapas de ações mais importante e necessária para a recuperação de empresas deficitárias. Entendam por deficitárias as empresas que mesmo procedendo os cortes necessários e ações de contenção para redução ou eliminação de custos e despesas continuam sendo tomadas pelas dívidas.

Primeiramente vamos distinguir duas situações: cortes e contenção de gastos, propiciam melhora no resultado econômico da operação da empresa. Dívidas acumuladas afetam o desempenho financeiro da empresa.

Se todos os cortes e contenção de gastos foram insuficientes para reversão do resultado negativo o problema pode estar na composição dos custos, impostos ou na própria maneira que se conduz o negócio, então trata-se de um problema econômico da operação da empresa. Agora, se ao contrário, o resultado econômico é positivo, mas insuficiente para quitar as dívidas, isso já é um problema financeiro.

Sem alongar o perfil das dívidas, ou seja, renegociar cada dívida com cada credor, fica pouco provável que o processo de recuperação venha dar certo.

Renegociar dívidas requer habilidade em se projetar, envolver-se no processo, comprometer-se com os credores e se empenhar para que os compromissos sejam efetivamente cumpridos.

Quando se elabora o planejamento para renegociar dívidas, considera sempre a possibilidade de liquidar seus débitos sem maiores dificuldades para sua empresa, mas para que o planejamento surta os efeitos desejados, devemos lembrar da importância do diagnóstico econômico e financeiro para que tais compromissos de parcelas, juros e prazos correspondam com a suficiência da margem de contribuição propiciada (lucro bruto).

O mais importante é que todo planejamento financeiro deve ser certo, preciso e possível. Feito de forma falha torna-se impossível a liquidação do débito e uma maior dificuldade de renegociação com seus credores.

A tentativa de renegociar as dívidas costuma ser o último recurso - o inadimplente costuma procurar o credor apenas na emergência. No entanto, esta atitude pode ajudá-lo a recuperar a saúde financeira antes do previsto.

- Quando se deve entrar com o processo de renegociação? assim que perceber que não poderá continuar pagando a dívida, evitando que ela cresça; tempo é realmente dinheiro, neste caso nunca se esqueça que a cada dia que passa sem fazer nada, além dos riscos das restrições legais, perda de crédito, etc. custa também no mínimo 0,07% ao dia. Lembre-se: quanto antes se manifestar que está tendo dificuldades para quitar as dívidas, melhor será o entendimento com o credor.

- procurar simplesmente o credor telefonando ou indo ao seu escritório para confessar a dívida e propor pagamentos parcelados não adianta, isso não funciona. Primeiro, que o devedor já está fragilizado e qualquer propositura ao credor dessa forma parecerá pedido de piedade; e neste caso não é.

- Antes de procurar o credor, atente-se ao propósito da renegociação. Deve-se elaborar um documento em forma de notificação ao credor anunciado as suas intenções; notificação não significa imposição, a notificação deve ser sutil, com relatos históricos da boa relação comercial construída em época de "vacas gordas"; o motivo pelos quais a sua empresa está passando dificuldades financeiras agora em época de "vacas magras"; e sua intenção e esforço (o que está se fazendo) para sair da crise. Poderá neste mesmo documento sugerir quantidade de parcelas, taxa de juros e valores finais. Estipule uma data-limite para o credor manifestar o aceite da proposta, é importante transmitir que o empresário esteja aberto para contrapropostas.

- Com a notificação em mãos, daí sim, procure o credor. Telefonando ou indo até lá? Não! encaminhando a notificação via um portador ou remetendo-a via carta registrada. Importante não esquecer que a notificação deve ser emitida em 2 vias, sendo uma protocolada no momento da entrega. O protocolo vai assegurar a manifestação de intenção do devedor em querer honrar a dívida.

- Enfim, dado o aceite ou anunciado uma possível contraproposta, é só partir para o abraço e ao sucesso dos negócios.

Entenda por que a alta dos juros afeta negativamente as bolsas

Entre pressões inflacionárias, expansão do consumo não acompanhada pelo crescimento da oferta e maturação dos investimentos e constantes incrementos na cessão de crédito, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, no objetivo de conter a disparada dos preços, passou a optar pelo aperto monetário.

São vários os efeitos positivos e negativos da alta do juro sobre os investimentos. Se de um lado, as empresas perdem, de outro os investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos, e a inflação é controlada.

Renda fixa versus renda variável
Existem duas opções básicas de investimento, em renda fixa e em renda variável. Os primeiros pagam uma certa remuneração em períodos definidos, sendo que os juros cobrados, em alguns casos, acompanham a taxa básica de juro da economia.

Já as aplicações em renda variável, ao contrário dos instrumentos de renda fixa, não têm uma rentabilidade pré-determinada. Um bom exemplo são as ações, que podem cair ou subir de uma hora para outra, refletindo a percepção do valor da empresa naquele dado momento.

Nesse sentido, uma alta dos juros favorece os investimentos de renda fixa, aumentando sua atratividade em relação à renda variável. Nesse cenário, porque o investidor iria aplicar na renda variável, se a renda fixa está lhe oferecendo uma boa rentabilidade, a um risco menor? Nessa disputa por recursos, a renda variável perde quando os juros sobem.

Migração
Além da maior atratividade da renda fixa, a renda variável sofre impacto direto da alta no juro, via incremento no custo do capital. Ou seja, a tomada de crédito - tanto por parte dos consumidores quanto pelas empresas que negociam suas ações na bolsa - fica mais cara, desestimulando consumo e investimentos na cadeia produtiva.

Não apenas os pequenos investidores, como também os grandes players do mercado, migram seus investimentos para a renda fixa. Empresários reduzem seus investimentos na área produtiva, em favor de aplicações financeiras. Pode existir, também, uma desaceleração da economia.

Prezando o controle da inflação
Uma vez que a alta do juro desacelera a economia, ela também tem o poder de controlar a inflação. Esse tem sido o argumento usado pelo Copom para justificar as últimas elevações da taxa Selic.

Desse modo, a autoridade monetária pretende controlar as pressões inflacionárias, e ajustar a inflação para sua meta.

Razão ou emoção: o que determina a decisão de um investidor no mercado?


Por: Patricia Alves

InfoMoney


SÃO PAULO - Informações, análise de relatórios, resultados das empresas, dados estatísticos. São esses os meios mais utilizados pelos investidores - ou interessados em investir - antes de tomar a decisão de compra ou venda de uma ação.

Diante de dados aparentemente tão concretos, fica fácil concluir que a razão é fator determinante na tomada de decisão do investidor, certo?

Errado. De acordo com o membro do Centro de Estudos dos Processos de Decisão e Neuroeconomia da EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas), professor Marcos Fernandes, apesar da análise fundamentada em relatórios, na hora de decidir, o lado emocional é fundamental.

Totalmente emocional
Para Fernandes, a tomada de decisão em si é totalmente emocional. "Se fôssemos totalmente racionais não tomaríamos decisões", defende o especialista.

Segundo ele, em termos filosóficos, se fôssemos extremamente racionais não teríamos razões para tomar decisões que envolvam riscos. E, em termos empíricos, estudos comprovam que, na hora de decidir sobre a compra e a venda de ativos financeiros, todo o cérebro funciona no processo. "Mas, na hora da tomada da decisão, são as esferas mais emocionais do cérebro que entram em ação", explicou.

No seminário "Neuroeconomia, Decisão e Racionalidade", realizado na EESP na última quarta-feira (4), foi discutido como se tomam decisões econômicas com base em estudos e dados fornecidos em ressonâncias magnéticas.

De acordo com Fernandes, o exame mostra quais as partes do cérebro que são acionadas e em quais momentos do processo de decisão. "Na ressonância a análise é baseada no consumo de oxigênio e na tomografia na geração de energia no cérebro", explicou o professor.

Bom para o bolso, bom para a Bolsa
"As neurociências, e a neuroeconomia em particular, ainda são vistas com restrições tanto no Brasil quanto no mundo", revelou Fernandes, que disse que, no País, os estudos sobre o tema começaram há cerca de apenas dois anos.

No entanto, as pessoas têm começado a se interessar pelo assunto. "Com a neuroeconomia é possível testar empiricamente algumas suposições que eram ou axiomas ou hipóteses muito fortes e nos permite trabalhar com racionalidade limitada", disse Fernandes.

O Centro de Estudos dos Processos de Decisão e Neuroeconomia deve, nos próximos anos, iniciar a pesquisa batizada de "Estudo Neuroeconômico do Investidor Brasileiro", utilizando, no Brasil, o eletroencefalograma não invasivo, para avaliar o cérebro do investidor na hora da tomada de decisão.

A idéia é, segundo o especialista, avaliar como os brokers das corretoras tomam decisões na Bolsa de Valores, como o cérebro deles funciona.

Para Fernandes, o trabalho pode virar, inclusive, um serviço de saúde pública. Será possível, por exemplo, identificar um alto nível de estresse, que pode causar tomadas de decisões equivocadas e precipitadas. "Nesse caso, seriam recomendadas férias ao profissional", indica o professor.

"O que mostra, mais uma vez, que sem emoção não se toma decisão", finalizou.