quinta-feira, abril 02, 2009

Bovespa: o melhor investimento de março

A Bovespa foi o melhor investimento do mês de março. Seu índice principal, o Ibovespa, acumulou rentabilidade de 7,18%. Não é pegadinha, nem brincadeira de primeiro de abril. Em meio a notícias e previsões acerca do crescimento da economia do Brasil e do mundo, a bolsa de valores de São Paulo reage e mostra fôlego. Inevitavelmente surge a dúvida: será a bolsa brasileira uma boa opção de investimentos para o ano de 2009?

Obviamente, o resultado de março não deve ser encarado como uma tendência absoluta; a cautela deve continuar pautando nossas decisões. Nos próximos meses, a Bovespa, bem como as bolsas do mundo, passará por períodos de grande instabilidade e volatilidade. Mas sem dúvidas o sinal é positivo. A esperança surge novamente.

Ressurgindo das cinzas

O resultado de março é o melhor desempenho desde abril de 2008, quando o Brasil foi elevado ao chamado Grau de Investimento pela Agência de Rating Standard & Poor`s. De lá pra cá, a crise mundial se agravou e a Bovespa despencou, levando milhões de investidores ao desespero.

terça-feira, março 31, 2009

Posto de renegociação de dívidas

Achei esta reportagem http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/03/31/04023270D4819326.jhtm muito interessante para quem está com problemas de renegociação de dívidas.
Quem precisar de ajuda basta ir lá ...

segunda-feira, março 30, 2009

Os juros e os investimentos em títulos do governo

A redução do juro básico brasileiro (Selic) e a expectativa de que o governo continue a cortá-lo para estimular a economia têm feito as taxas oferecidas nos títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto caírem vertiginosamente desde outubro, conforme mostra infográfico abaixo.

Apesar desse declínio, os especialistas são convictos: quem está investindo de olho no longo prazo ainda encontra, nos papéis indexados à inflação, uma boa oportunidade. Para quem tem compromissos no curto prazo, os títulos prefixados são os mais indicados.

Para quem possui uma despesa no curto prazo, os títulos prefixados são a melhor opção. Estes papéis têm a taxa de juros definida no momento da compra. O título à venda, que tem vencimento mais rápido, janeiro de 2010, paga 9,88% ao ano. “As próximas quedas do juro estão embutidas no papel, o que traz menos risco para quem quer apenas garantir o poder de compra”, explica o diretor-executivo da BI Invest, Reinaldo Zakalski.

O funcionário público Licurgo Carvalho é um investidor que compra títulos prefixados porque já sabe exatamente quando terá de pagar a parcela para a entrega das chaves de seu novo apartamento, em 2010. Por isso, sempre que sobra dinheiro no mês, ele escolhe esses papéis no Tesouro Direto.

Inflação define retorno


Os títulos indexados à inflação (NTN-B e NTN-B Principal) também pagam ao investidor uma taxa de juros definida na compra, mais a variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até o vencimento do papel. Por isso, diz-se que os juros oferecidos neste tipo de título são reais, pois são livres do efeito da alta dos preços na economia.

Atualmente, a taxa oferecida nos papéis atrelados à inflação está entre 6,5% e 7% ao ano, dependendo do prazo de vencimento. Esse retorno estava no patamar de 11% ao ano em outubro do ano passado, quando a taxa Selic era de 13,75% ao ano. Desde então, recuou ininterruptamente. “Mas é preciso ter em mente que conseguir a correção da inflação, acrescida de juros de 6,8% ou 6,9% ao ano é uma remuneração muito boa”, afirma o diretor da corretora Petra, Ricardo Binelli. Basta recordar que a maior parte dos fundos de previdência adota como meta de rentabilidade 6% mais inflação.

"Dificilmente os papéis subirão para o patamar de 11% novamente”, diz o diretor da corretora Renascença, Waldir Muniz. “Quem comprou a esta taxa, fez uma boa aplicação, mas quem adquirir títulos agora ainda conseguirá taxas altas.” A sugestão é reforçada pela expectativa do mercado de que a inflação fique sob controle. “No curto prazo, a possibilidade de descontrole é quase nula. Por isso, títulos de inflação são indicados para aplicações acima de três anos”, comenta Zakalski.

Papéis vinculados à inflação são adequados, por exemplo, para os interessados em garantir recursos para a aposentadoria ou a faculdade dos filhos ou ainda para investidores preocupados em proteger o valor do dinheiro no tempo, como diz o professor do Ibmec São Paulo, Ricardo Almeida. “É o caso, por exemplo, de quem vai pagar no futuro o apartamento que está na planta. Não quer antecipar o pagamento por conta do risco de a construção não vingar, mas quer deixar o dinheiro reservado.”

Há disponíveis para compra no Tesouro Direto títulos de inflação com vencimentos entre 2012 e 2045 – lembrando que quanto mais longo o papel, maior a volatilidade do seu valor (devido às mudanças na economia) e, consequentemente, o risco de perder dinheiro numa venda antecipada. Quem não mantém o título até o vencimento, não recebe os juros definidos na compra. Ganha o que o mercado estiver pagando na venda antecipada.

Quem, ao contrário do mercado, achar que a inflação é um risco iminente, pode optar pelos títulos de inflação para prazos menores, mas deve ter em mente que o vencimento mais próximo é agosto de 2012. Considerando as taxas de juros futuros, negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e as oferecidas nos títulos públicos de inflação, o professor de finanças do Ibmec São Paulo, Liao Yu Chieh, calcula que o mercado estima uma inflação média perto de 4,30% ao ano até meados de 2012. “Para quem acredita que a alta dos preços pode superar este patamar até lá, vale a pena comprar um papel vinculado ao IPCA. Se, ao contrário, a expectativa for de inflação menor, é melhor um título prefixado”, explica.