quarta-feira, julho 11, 2007

SÃO PAULO - Com os investidores atentos ao fraco desempenho das bolsas internacionais e dos mercados futuros dos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo abriu esta quarta-feira em leve baixa de 0,26%, com o Ibovespa registrando 55.736 pontos.

De volta, as preocupações com o crédito imobiliário de alto risco, o conhecido subprime. Na última terça-feira, os mercados globais foram pressionados pela percepção de que os desdobramentos de tal problemática sejam mais amplos do que se esperava.

Perspectivas
Na opinião dos analistas do Bradesco, os temores em relação à piora do mercado de crédito imobiliário subprime que pautaram o pregão de terça-feira deverão manter-se no radar dos mercados nesta sessão. "O aumento da aversão ao risco poderá refletir em mais um dia de variação negativa da bolsa brasileira", comentam os analistas.

Álvaro Bandeira, da Ágora Corretora, acredita que a queda de terça-feira não altera muito o quadro na Bovespa, com a situação se complicando a partir da perda do suporte em 55 mil pontos.

Noticiário corporativo
No cenário corporativo, a quarta-feira marca o início do período de reservas das ofertas de Triunfo Participações, Banco Patagônia e MRV Engenharia. Já o prazo para reservas da distribuição da Invest Tur chagou ao fim. As ações preferenciais do Banco Indusval Multistock foram precificadas em R$ 17,50, dentro do intervalo.

A subsidiária do Grupo Gerdau (GGBR4) na América do Norte, a Gerdau Ameristeel, anunciou na última terça-feira à noite um acordo de aquisição da siderúrgica Chaparral Steel Company por US$ 4,22 bilhões, ou US$ 86,00 por ação.

A Portugal Telecom (PT) não vende a Vivo (VIVO4), afirmou o presidente do grupo, Henrique Granadeiro, ao jornal português Diário Econômico, um dia depois do presidente da Telefónica, César Alirte, ter declarado interesse em adquirir a participação da PT na operadora brasileira.

Papéis em destaque na Bovespa
Dentre os papéis que são negociados nesta manhã, destaque para Brasil Telecom Participações PN (BRTP4, R$ 25,55, -6,03%), Brasil Telecom PN (BRTO4, R$ 15,47, -2,76%), Telemar Norte Leste PNA (TMAR5, R$ 57,02, -2,02%), Aracruz PNB (ARCZ6, R$ 12,80, -1,46%) e Klabin PN (KLBN4, R$ 6,90, -1,14%).

O principal índice da bolsa paulista fechou o pregão de terça-feira em baixa de 0,99%, atingindo 55.883 pontos e registrando uma alta acumulada no ano de 25,66%. O volume financeiro foi de R$ 4,87 bilhões.
- Depois de encerrar a sessão da última terça-feira abaixo de R$ 1,89, o dólar comercial iniciou os negócios desta quarta-feira em alta, recuperando-se da baixa anterior.

Além de refletir um movimento de ajuste, a moeda norte-americana responde aos dados do IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) e ao cenário internacional.

No cenário externo, atenção (novamente) ao mercado imobiliário norte-americano. Agências de classificação de risco rebaixaram a classificação de títulos lastreados em crédito subprime em função do aumento da inadimplência, elevando temores em relação ao segmento.

Expectativas de que o Banco Central manterá atuação no mercado de câmbio para manter a cotação no nível de R$ 1,90 também impulsionam a cotação da moeda norte-americana.

Cenário econômico
De acordo com o IGP-DI, a inflação acelerou em junho ao passar de 0,16% em maio para 0,26% no último mês, a maior aceleração se deu no componente do índice de preços ao consumidor.

Dólar opera em alta
O dólar comercial está sendo cotado a R$ 1,9010 na compra e R$ 1,9030 na venda, alta de 0,53% em relação ao fechamento anterior.

Apesar da variação desta quarta-feira, a moeda norte-americana registra queda de 1,35% neste mês de julho e uma desvalorização de 10,95% desde o início do ano.