terça-feira, novembro 11, 2008

Semana de tensão para os mercados

A semana começou marcada por uma disputa entre as referências positivas que vinham do final de semana e perspectivas negativas que atingiram Wall Street no decorrer do dia. Depois de abrir com forte valorização, a bolsa foi reduzindo o passo gradativamente ao longo da sessão, terminando a segunda-feira (10) muito próxima à estabilidade.

Certa euforia verificada nas primeiras horas de negócios responde ao pacote de estímulo à economia chinesa. Grande demandante de materiais básicos provenientes de outros mercados, o país asiático irá investir US$ 586 bilhões em diversos setores da economia local até 2010. Os contratos futuros de commodities rebateram com valorização, assim como as ações da Vale, Petrobras e das siderúrgicas, que garantiram a leve alta do Índice Bovespa.

Outro fator que impulsionou os negócios no começo do dia foi a reestruturação do plano de resgate da seguradora AIG. O governo dos EUA planeja comprar US$ 40 bilhões em ações preferenciais e adquirir US$ 52,5 bilhões em títulos hipotecários, ampliação considerada "necessária" pelo secretário Neel Kashkari.

Quando todas as referências pareciam garantir um início de semana de disparada dos mercados, a chegada da tarde trouxe consigo a preocupação dos investidores quanto ao resultado trimestral do Goldman Sachs, que segundo projeções pode atingir seu primeiro prejuízo trimestral. Paralelamente, a própria instituição contribuiu com o enfraquecimento de Wall Street: Jan Hatzis, economista-chefe do Goldman Sachs, afirmou que as perdas em todo mundo com a crise de crédito atingirão US$ 1,4 trilhão.

O Google também pressionou os índices, com apostas de recuo em suas receitas, enquanto a GM voltou a despencar, desta vez por projeção de preço-alvo de US$ 0 pelo Deutsche Bank.

Dólar
Após registrar desvalorização nas primeiras horas do dia, o dólar comercial inverteu o sinal com a piora do mercado norte-americano no decorrer da tarde e terminou a sessão com alta de 1,57%, cotado a R$ 2,1940.

O movimento resistiu às novas intervenções do Banco Central, que ao longo do dia realizou novo leilão de contratos de swap cambial tradicional. Dos 14 mil contratos ofertados apenas 4,290 mil foram absorvidos, movimentando um total de US$ 212,9 milhões.

Bolsa
Após marcar valorização superior a 5% no intraday, o Ibovespa reduziu seu ritmo de ganhos e encerrou a segunda-feira com modesta valorização de 0,30%, ajudado pelas blue chips Vale e Petrobras. A variação deixou o índice no patamar de 36.776 pontos, com giro financeiro de R$ 3,5 bilhões.

Internamente, a temporada de resultados corporativos seguiu em destaque. Enquanto a TAM registrou prejuízos de R$ 112,7 milhões, a Rossi Residencial elevou seu lucro trimestral em 72%, para R$ 42 milhões.

Entre as variações mais expressivas do Ibovespa, destaque para a forte alta da Nossa Caixa, com a continuidade dos rumores de venda para o Banco do Brasil. Na outra ponta, as ações da Cyrela deram seqüência ao ritmo de perdas da semana passada e liderara as baixas.

Renda Fixa
No mercado de renda fixa, os juros futuros encerraram sem tendência definida na BM&F Bovespa. O contrato com vencimento em janeiro de 2010, que apresenta maior liquidez, encerrou apontando taxa de 15,22%, alta de 0,01 ponto percentual frente à apresentada na sessão anterior.

No mercado de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40, bônus mais líquido, operava cotado a 117,60% de seu valor de face, o que representa uma alta de 0,94%.

O risco-país, calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan, era cotado a 437 pontos-base, baixa de 4 pontos em relação ao fechamento anterior.
INDICADORES
Indicador Valor Var.Dia
Ibovespa 36.776 0,30%
Futuro Ibov Dez/08 37.200 -0,40%
Dow Jones 8.833 -0,18%
Nasdaq 1.616 -0,95%
Dólar Comercial 2,1940 1,57%
Dólar Paralelo 2,3000 0,88%
Risco País 437 -4pb
Global 40 117,60 0,94%
Yield Treasury 10a 3,76% -0,02pp
Juros DI Futuro
Janeiro de 2010 15,22% 0,01pp
MAIORES ALTAS IBOVESPA
Ativo Valor (R$) Var.Dia
BNCA3 53,12 9,30%
SBSP3 25,23 4,81%
GOAU4 19,60 4,81%
VALE3 27,90 4,69%
ITSA4 8,37 4,62%
MAIORES BAIXAS IBOVESPA
Ativo Valor (R$) Var.Dia
CYRE3 7,90 -14,13%
TCSL3 4,70 -9,78%
GFSA3 10,91 -9,46%
DURA4 15,95 -9,42%
RSID3 3,39 -9,11%
MAIORES VOLUMES BOVESPA
Ativo Volume (R$) Var.Dia
PETR4 674,28M 2,96%
VALE5 554,76M 3,90%
VALE3 141,04M 4,69%
BBDC4 126,00M 1,14%
ITAU4 102,08M 3,17%
Proventos por DATA DE APROVAÇÃO
Ativo Tipo Valor 10/11/2008
LIGT3 DIV 1,7200000 07/11/2008
TBLE3 JCP 0,2696317 07/11/2008
BEMA3 JCP 0,1000000 05/11/2008
GGBR3 DIV 0,1800000 05/11/2008
GGBR4 DIV 0,1800000 05/11/2008
Proventos por DATA "ÚLTIMO DIA COM"
Ativo Tipo Valor 10/11/2008
GGBR3 DIV 0,1800000 14/11/2008
GGBR4 DIV 0,1800000 14/11/2008
GOAU3 DIV 0,2600000 14/11/2008
GOAU4 DIV 0,2600000 14/11/2008
TBLE3 JCP 0,2696317 18/11/2008
Proventos por DATA DE PAGAMENTO
Ativo Tipo Valor 10/11/2008
BPIA3 DIV 0,1179920 11/11/2008
BAZA3 JCP 0,0031041 12/11/2008
ETER3 JCP 0,0520000 12/11/2008
ETER3 DIV 0,1610000 12/11/2008
TARP11 DIV 0,1799111 12/11/2008
JCP: Juros sobre Capital Próprio
DIV: Dividendo e OUT: Outros

Carteira Sugerida Coinvalores

segunda-feira, novembro 10, 2008

Coin valores divulga carteira semanal com recomendações

A corretora Coinvalores divulgou sua carteira semanal com cinco recomendações de ações de empresas que, segundo analistas, oferecem bom potencial de valorização para o período.

Carteira recomendada

Empresa Código Preço-alvo Upside* Recomendação
Cyrela CYRE3 R$ 31,00 237% Aumentar participação
Itaú ITAU4 R$ 56,00 122% Aumentar participação
ALL ALLL11 R$ 20,00 107% Aumentar participação
Souza Cruz CRUZ3 R$ 61,00 44% Aumentar participação
Copasa CSMG3 R$ 20,00 33% Aumentar participação
*Potencial de valorização com base nas cotações de fechamento do dia 7 de novembro.

Por que dessas sugestões?



* Cyrela

Apesar dos dados operacionais no acumulado deste ano terem ficado abaixo da capacidade, a companhia ainda apresenta grande solidez, além de seus ativos estarem extremamente descontados, afirmam os analistas.

* Itaú

Considerando positiva a fusão entre Itaú e Unibanco, a corretora destaca também os resultados no terceiro trimestre, que ficaram em linha com as expectativas, registrando um lucro líquido de R$ 1,973 bilhão no período.

* ALL

Os papéis da companhia têm sido duramente penalizados desde o inicio do ano, desvalorização essa não justificada pelos seus fundamentos ou pelo desempenho durante os trimestres.

* Souza Cruz

O lucro líquido da Souza Cruz avançou 10,6% no acumulado do ano, influenciado principalmente pelas vendas das marcas "Premium", melhores preços e maior volume exportado. Ademais, a companhia possui uma situação financeira confortável e atua em um mercado maduro e previsível.

* Copasa

As ações da empresa são classificadas como uma boa opção em momentos de alta volatilidade. Além de contar com operações de primeira necessidade, a Copasa apresenta baixos níveis de alavancagem, concentrada no longo prazo e em moeda nacional.