quinta-feira, junho 17, 2004

Quinta-feira (17/06) dia de ressaca tricolor... Libertadores agora só em 2005 e olhe lá
Em breve também teremos comentários sobre a África... O continente negro que sofre nas mãos dos próprios negros.... é complicado

quarta-feira, junho 16, 2004

Paulo Maluf está realmente encrencado e desta acho que nada vai consertar seu futuro político
A seleção de Portugal está jogando hoje (16/06) pela Eurocopa... Tá tomando um sufoco medonho

terça-feira, junho 15, 2004

Comentários sobre esportes devem entrar nesta edição ainda nesta semana......
Essa também é boa: O Vaticano apresentou, hoje (15/06) conclusões de pesquisadores afirmando que as vítimas das torturas e das fogueiras da Inquisição, durante séculos, foram muito menos do que se imagina popularmente.

O papa João Paulo II elogiou a pesquisa, relembrando que, em 2000, a igreja pediu perdeu pelos “erros cometidos a serviço da verdade através de recurso a métodos não evangélicos”.

“Na opinião do público, a imagem da Inquisição representa quase o símbolo ... do escândalo”, o pontífice escreveu em uma carta sobre a pesquisa. “Em que grau essa imagem é fiel à realidade?”

Durante a celebração do milênio da Igreja Católica, em 2000, João Paulo pediu perdão pelos pecados que os católicos cometeram em nome de sua fé através dos séculos, incluindo os abusos da Inquisição, uma perseguição sistemática levada a cabo para defender a ortodoxia da doutrina. Católicos suspeitos de heresia, bruxas e todos considerados de fé dúbia, incluindo muçulmanos e judeus, que haviam se convertido ao catolicismo, foram os alvos.

Em uma entrevista coletiva à imprensa para apresentar um livro de 783 páginas contendo as descobertas, o alto clero e pesquisadores envolvidos no projeto afirmaram que estatísticas e outros dados demolem os velhos clichês sobre a Inquisição. “O recurso à tortura e a sentença de morte não eram tão freqüentes como se acredita”, afirmou Agostino Borromeo, um professor de história das religião católica e outras confissões cristãs na Universidade Sapienza, de Roma.

Mas, para muito acadêmicos, essas conclusões têm valor limitado. “As descobertas do Vaticano são interessantes, mas não podem desculpar o trabalho da Inquisição, que aterrorizou e levou milhares à expulsão de seus lares”, argumenta David Rosen, diretor internacional de assuntos interreligiosos do American Jewish Committee.

Borromeo, que supervisionou o volume, disse que, enquanto houve cerca de 125.000 julgamentos por suspeição de heresia na Espanha, os pesquisadores descobriram que apenas cerca de 1% dos acusados foi executado. Em Portugal, 5,7% de mais de 13.000 julgamentos diante da tribunais eclesiásticos, no século 17 e início do 17, foram condenados à morte. Em muitos casos, as cortes ordenaram que manequins fossem queimados, quando o condenado escapava à captura.

Muitas das execuções, durante os séculos atingidos pela Inquisição, foram determinadas por tribunais não católicos, incluindo a caça às bruxas em países protestantes, segundo Borromeo.

O estúdio desenvolveu-se de uma conferência sobre a Inquisição, de 1998, no Vaticano, reunindo cerca de 50 historiadores e outros especialistas, inclusive não católicos, da Europa e América do Norte. “Antes de pedir perdão, é necessário ter um conhecimento preciso dos fatos”, escreveu o papa em sua carta, expressando uma “grande apreciação” pela pesquisa. Ele disse que seu pedido de perdão de 2000 “foi válido tanto para os dramas ligados à Inquisição como para as lacunas de memória que lhes são conseqüência.”

Um historiador do Holocausto da Universidade de Toronto, Michael Marrus, especula se a promoção das descobertas, feita pelo Vaticano hoje, não refletiria as opiniões dos que, na hierarquia da Igreja, não dividem com o papa a paixão pelos pedidos de desculpa.

Deixando de lado o que ele chama “jogo de números” das estatísticas da Inquisição, Marrus diz: “Enquanto o papa é um grande promotor de pedidos de perdão, nem todos na cúria e, certamente, nem todos na cúpula da Igreja estão tão dispostos a isso.”

Entre os que a Inquisição perseguiu está o grande cientista Galileu, que foi “reabilitado” pelo Vaticano durante o papado de João Paulo. Teresa d’Ávila e Inácio de Loyola, destinados a tornarem-se santos, foram investigados de heresia. Entre os alvos dos inquisidores estavam os valdenses, membros de uma seita protestante, que foi declarada herética no século 12.

“Se houve mais ou menos casos (de morte na fogueira), não importa. O que é importante é que não se diz ‘Eu estou certo e você, errado, e eu vou queimá-lo’, diz Thomas Noffke, um americano, pastor valdense em Roma, onde, em 1560, à sombra do Vaticano, um pregador valdense foi enforcado e queimado.

João Paulo disse que os teólogos devem ter em mente “a mentalidade dominante em determinada época.” Borromeo nega que o Vaticano estivesse planejando reduzir os erros da Inquisição. “Não quero dizer que a Inquisição fosse uma instituição ética”, disse na entrevista. “Isto não muda a natureza do problema – pessoas foram traídas por suas convicções religiosas. Mas, para os historiadores, números têm um significado.”

O cardeal Georges Cottier, um teólogo do Vaticano próximo ao papa, reforçou a necessidade de analisar os fatos antes de fazer julgamentos sobre um período da história. “Não se pode pedir perdão por ações que não estão aqui”, disse.

Mas um dos presentes à conferência de 1998, o professor italiano da história da renascença na Universidade de Siena, Carlo Ginzburg, tem suas dúvidas sobre usar estatísticas para chegar-se a um julgamento sobre o período.

“Em muitos casos, não temos a evidência, a evidência perdeu-se”, disse.

Que comédia.......



Leiam essa "coisa" boa; número de pessoas de alta renda no Brasil cresceu 6,67% no ano passado, para 80 mil, de 75 mil em 2002. A riqueza deles aumentou cerca de 3%, de US$ 1,7 trilhão em 2002 para US$ 1,75 trilhão, segundo relatório sobre a riqueza mundial divulgado hoje pelo banco norte-americano Merrill Lynch e pela consultoria Capgemini. A pesquisa considera indivíduos de alta renda quem possui pelo menos US$ 1 milhão, excluindo os bens imobiliários, que são considerados pouco líquidos.

O número de milionários brasileiros cresceu menos do que no resto do mundo. De acordo com a pesquisa, os indivíduos de alta renda no mundo somavam 7,7 milhões no fim de 2003, um crescimento de 7,5%. A riqueza deles cresceu 7,7% para US$ 28,8 trilhões. A Merrill Lynch afirma, em comunicado, que os milionários globais souberam responder às tendências que afetam a capacidade de preservar e aumentar a riqueza. "Eles se beneficiaram de um forte e sólido ´rally´ do mercado acionário e do crescimento global", diz a nota.

Os milionários nos EUA lideraram o ranking. Passaram para 2,27 milhões em 2003, um aumento de 14%. Na China, o crescimento foi de 12% e, na Índia, de 22%. A Europa apresentou um aumento bem mais modesto no número de milionários: de 2,4% para 2,6 milhões e a riqueza somou US$ 8,7 trilhões. Segundo a pesquisa, as políticas restritivas de imposto de renda na Europa são uma das principais razões que explicam o crescimento menor no número de milionários.

Na América Latina, o desempenho dos investidores de alta renda foi melhor em 2003 do que no ano anterior, mas o crescimento tanto no número de ricos quanto no total da riqueza foi relativamente baixo. Os milionários da América Latina continuaram apresentando a mais alta riqueza média por indivíduo do que qualquer outra grande região global. A América Latina tinha 270 mil milionários em 2003, de 201 mil em 2002, e a riqueza deles subiu para US$ 3,647 trilhões no ano passado, de US$ 3,565 trilhões no ano anterior.........

..............Agora vcs acha que precisamos contar o número de pobres????

A reunião da UNCTAD ainda não terminou mas posso dizer, porque estive cobrindo o evento, é um fracasso..
As ONG's que lá estão parecem que estão perdidas. Não sabem o se debatem comércio ou desenvolvimento social e cada um puxa a sardinha para o seu lado......
Na reunião, que irá até sexta-feira, estão sendo debatidas formas de comércio entre os países emergentes com desenvolvimento social....

O Lula encampou a idéia de criar um fundo,oriundo do comércio de armas e transações financeiras vindas de paraísos fiscais, para combater a fome no mundo.. A idéia é dele, mas não é nova. Já vem falando, sem sucesso, com outros chefes de Estado....

Agora tem o apoio do Kofi Annan, secretário geral da ONU e de alguns países sem expressão no mundo... Vamos ver no que vai dar isso.
A reunião da Unctad (Conferência da Nações Unidas para o Desenvolvimento do Comércio) me tomou algum tempo e não pude atualizar o blog.....