Bovespa ainda com fôlego até o fim do ano?
Oito altas em nove pregões colocaram o Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores de São Paulo, de volta aos recordes, flertando com os 66 mil pontos. Boa parte dessa recuperação se deve à pausa nas más notícias em relação ao subprime e à proximidade do encontro dos membros do Federal Reserve, o banco central daquele país que devem definir a nova taxa de juros.
O engraçado é que a taxa de juros deles serve de parâmetro para os mercados do mundo todo. Marcada para o dia 11, terça-feira, a reunião é fundamental para o fim de ano, pois projeções ousadas para uma nova redução da taxa de juro norte-americana. Analistas financeiros crêem em um corte de 0,50 ponto percentual.
Isso funciona como no Brasil, taxa reduzida todos contentes. Tal decisão certamente impulsionaria a renda variável internacional, mas é tida como pouco provável pela maioria dos mesmos. Principalmente diante da falta de dados convincentes indicando recessão nos EUA.
Se o País párar o mundo pára. O motivo: Eles são os maiores consumidores do globo.
Ibovespa ao preço justo?
De fato, a precificação do afrouxo monetário deu fôlego ao Ibovespa nos últimos pregões. A sexta-feira registrou uma ligeira queda, de 0,23%. O analista da TOV calcula que, ao patamar atual, o P/L (preço/lucro) do índice está em 13x, "o que parece justo em relação à renda fixa". As estimativas tomam como base o lucro projetado para 2007.
Isso não significa estabilização, mas altas generalizadas tornam-se menos prováveis. "Agora passamos a apostar mais em fatores pontuais, com destaque para notícias envolvendo Vale e Petrobras", afirma André.
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