Se fosse ao contrário, acho que alguma coisa estaria errada...
Quase metade dos sauditas segundo uma pesquisa conduzida no ano passado, é favorável ao discurso de Osama bin Laden -líder da Al Qaeda. Apesar disso, menos de 5% -entre 15 mil entrevistados-- pensam que é uma boa idéia que Bin Laden controle a península Arábica. A informação foi publicada nesta quarta-feira pelo site da rede de TV americana CNN, sem divulgar os percentuais precisos da sondagem.
Segundo a CNN, a pesquisa envolveu entrevistas com mais de 15 mil sauditas e foi conduzida por Nawaf Obaid, um consultor saudita de segurança nacional. O estudo foi realizado entre agosto e novembro de 2003, após os ataques suicidas simultâneos ocorridos em maio do ano passado, quando 36 pessoas morreram em Riad (capital).
Obaid disse que decidiu divulgar os resultados da pesquisa só agora porque sentiu que o público precisava conhecer o conteúdo do trabalho. "Eu fiquei surpreso [com os resultados], especialmente após as bombas", disse Obaid à CNN. A questão feita aos cidadãos sauditas foi: "Qual é sua opinião sobre os sermões e a retórica de Osama bin Laden?"
Discurso agradável
"Eles gostam do que Bin Laden fala sobre o que está acontecendo no Iraque e no Afeganistão. Ou sobre a América e a conspiração sionista. Mas sobre o que ele faz, é aí que você vê a queda [no apoio]", disse Obaid, referindo-se às bombas que começaram a atingir a Arábia Saudita no momento em que a pesquisa estava sendo conduzida.
Osama bin Laden, terrorista saudita acusado de ser o autor dos atentados contra os EUA, em 11 de Setembro. Ele também disse à CNN que gostaria de atualizar os números da pesquisa após a série de recentes ataques terroristas na Arábia Saudita.
Ainda segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados afirmaram ser favoráveis a relações mais fortes e próximas com a América, enquanto apenas 39% disseram ter uma opinião favorável sobre as Forças Armadas sauditas. Ambos os resultados surpreenderam Obaid. "Eles não acreditam em seu Exército", disse.
Obaid disse que divulgou os resultados da pesquisa --parte publicada pelo jornal "The Washington Post"-- para membros dos ministérios do Exterior e Interior, assim como a corte real.
Segundo ele, alguns ficaram "um pouco preocupados" sobre as questões, particularmente com as que se relacionavam a Bin Laden, mas Obaid recebeu apoio do governo quando conduziu a pesquisa. A margem de erro da pesquisa é três pontos percentuais para cima ou para baixo.
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